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As redes sociais e a prevenção ao suicídio

As redes sociais e a prevenção ao suicídio

O ambiente virtual reúne uma infinidade de espaços para o compartilhamento de ideias e troca de experiências, e é um dos meios mais utilizados para a expressão de sentimentos, principalmente aqueles relacionados à dor emocional.

As redes sociais podem mexer com nossas emoções, mas é preciso lembrar que nem tudo que está sendo mostrado na tela é totalmente real. A rede, como qualquer outro dispositivo, tem um lado benéfico e outro que precisamos ficar mais atentos. Há a necessidade de verificar se a utilização deste meio está sendo para uso ativo, como a busca de informações, contatos e aproximação, ou uso passivo, como simplesmente olhar as atualizações sem parar.

Há diversos estudos que identificam efeitos positivos do uso de dispositivos eletrônicos no combate e na prevenção de condutas suicidas. Trabalhos acadêmicos indicaram distintos recursos tecnológicos que podem auxiliar pessoas nessas situações, como fóruns de discussão, tratamentos online e busca de informações na internet.

A rede de comunicação virtual nos dá a oportunidade de nos expressarmos através da escrita e do desenho. Também é possível encontrar vídeos de histórias de superação e grupos online de acolhimento. Há, então, uma infinidade de possibilidades para serem exploradas. As redes sociais têm potencial enorme de conectar pessoas, de ajudar e de fazer com que se sintam pertencentes em comunidades de apoio e até na busca por ajuda.

Algumas plataformas, como a do Facebook, também auxiliam neste tema. As ferramentas de prevenção contra o suicídio estão disponíveis nesta rede social há mais de dez anos. Essas ferramentas foram desenvolvidas em colaboração com organizações de saúde mental, como Save.org, National Suicide Prevention Lifeline, Forefront e Crisis Text Line, além de contribuições de pessoas que já pensaram em cometer suicídio ou já tentaram fazer isso.

Já na plataforma do Instagram, que se baseia na divulgação apenas de fotos e vídeos do cotidiano dos usuários, a Young Health Movement em 2017 elegeu como uma das piores redes sociais para a saúde mental dos jovens, aumentando níveis de ansiedade e distúrbios de sono e de autoimagem. Uma das alternativas implementadas pela plataforma é de que quando você busca hashtags ligadas à depressão e ansiedade, antes das publicações serem mostradas há um aviso perguntando se a plataforma pode ajudar. Ao clicar em “saiba mais” você é encaminhado para uma página com opções como “Fale com um amigo”, que encaminha mensagem ou liga para alguém da sua confiança, “Fale com um voluntário” ou “Receba dicas”.

O Twitter, por sua constituição, é uma rede social que abre espaço para que falemos de nossos sentimentos e foi observando isso que a revista Rolling Stone lançou em 2019 o projeto Algoritmo da Vida, que identifica postagens de pessoas com ansiedade e depressão, e busca ajudá-las. O algoritmo identifica expressões, frases e palavras geralmente utilizadas por quem possui algum tipo de transtorno mental, como a depressão, e pode estar pensando em se machucar. Quando o algoritmo identifica um padrão que pode indicar algum transtorno, um time analisa os dados e configura o envio de uma mensagem privada para o usuário, abrindo espaço para uma conversa e indicando o número do Centro de Valorização da Vida (CVV).

O CVV é um exemplo de como a utilização das redes sociais podem auxiliar. No site é possível conhecer mais a história da entidade, inscrever-se para ser voluntário (a) e encontrar diversos materiais. No canal do @cvvoficial no YouTube, há vídeos educativos para familiares, adolescentes e professores, além de outros materiais com o apoio da Unicef. São vídeos com informações de qualidade e na linguagem adequada, favorecendo o diálogo aberto, livre de mitos.

Você também pode encontrar diversos outros materiais sobre a prevenção do suicídio gratuitos no site do Instituto Vita Alere e ainda acessar o Mapa Saúde Mental. Neste site você encontra serviços públicos de saúde mental disponíveis em todo território nacional, além dos de acolhimento e atendimento gratuito ou voluntário realizados por ONGs, instituições filantrópicas, clínicas escola, entre outros. O objetivo é unir pessoas em sofrimento mental aos serviços de cuidado disponíveis online ou em sua região.

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